Saudades tuas!!!



"Sair à rua com uma sede imensa de te esquecer
Sentar-me num lugar com indiferença por não te ver
E de repente sei que é isto que não quero
Olhar à volta e saber que ainda te espero
Sentir a sensação de quem não esta no seu lugar
Não quero lá estar assim."


(SAUDADES TUAS)


"Voltar a casa com um sentimento de solidão
Fingir que estás no pensamento sem razão
E de repente sei que é isto que não quero
Voltar a casa e saber que ainda te espero
Fazer de conta que ja estou no meu lugar
Não quero lá estar assim."


(SAUDADES TUAS)


"E de repente sei que é isto que nao quero
Voltar a casa e saber que ainda te espero
Fazer de conta que ja estou no meu lugar
E não quero lá estar assim."


(SAUDADES TUAS)

C.A.

When Love Takes Over!



O Francês David Guetta que convidou a Inglesa Kelly Rowland para agitar este fantástico som,"When Love Takes Over".

"É complicado
Sempre é
É assim que funciona
Parece que a espera é sempre longa
Pergunto-me se é mesmo assim!
E sob a água
Agora posso respirar
Isto nunca foi tão bom!
E eu posso sentir isto vindo contra mim
E se puder, não irei parar.
E quando o Amor toma conta
Tu sabes que não podes impedir
Esta noite, esta noite, esta noite!
Dá-me uma razão
Eu preciso saber
Tu sentes isto?
Tu não consegues ver-me aqui sozinha?
E desta vez eu culpo-te
Procuro-te para segurares a minha mão
Sinto que posso cair
Agora ama-me, como eu sei que tu podes
Não podemos perder isto tudo
E quando o Amor toma conta...
Tu sabes que não podes impedir
E quando o Amor toma conta...
Há algo aqui esta noite
Esta noite, esta noite, esta noite"



Pois é,quando o Amor toma conta,não há nada a fazer!!!


C.A.

A um ausente.


Tenho razão de sentir saudade,
tenho razão de te acusar.
Houve um pacto implícito que rompeste
e sem te despedires foste embora.
Detonaste o pacto.
Detonaste a vida geral, a comum aquiescência
de viver e explorar os rumos de obscuridade
sem prazo sem consulta sem provocação
até o limite das folhas caídas na hora de cair.

Antecipaste a hora.
Teu ponteiro enlouqueceu, enlouquecendo nossas horas.
Que poderias ter feito de mais grave
do que o ato sem continuação, o ato em si,
o ato que não ousamos nem sabemos ousar
porque depois dele não há nada?

Tenho razão para sentir saudade de ti,
de nossa convivência em falas camaradas,
simples apertar de mãos, nem isso, voz
modulando sílabas conhecidas e banais
que eram sempre certeza e segurança.

Sim, tenho saudades.
Sim, acuso-te porque fizeste
o não previsto nas leis da amizade e da natureza
nem nos deixaste sequer o direito de indagar
porque o fizeste, porque te foste.

Carlos Drummond de Andrade

Queria tanto!!!


Queria tanto adormecer em sonhos teus
e acordar na verdade dos teus braços.
Queria ter a coragem de dizer-te
o que escondo e está cansado de saber.
Queria tanto navegar em teu desejo
e no sem rumo achar arrepios meus.
Queria dar-te nada mais que só mulher
sem este medo em águas turvas de pejo!
Queria tanto ter certeza do instinto
do macho em caça e ser eu, presa escolhida.
Queria tanto dizer-te a qualquer hora
do meu desejo que vai da caricia mais leve
à reabertura por ti, das minhas entradas
a revelar-te que tu ferves no que sinto
e se me fere, de amor fecha a ferida.
Que no sonhar chão de amor tombasse agora
meu corpo aberto na certeza que te serve
ao paladar da tua carne esfomeada.
Queria tanto ter a certeza que já tenho
de estar em mim sua dileta especiaria,
rosas da serra que a boca entonteada
busca um caminho em que se perde e mais encontra.
Se é o manto que me cobre, sou teu frasco
tua mulher onde derramas e eu retenho
a liquidez da tua dor na travessia
do rio do cio, onde fêmea saciada,
adormeço no prazer que tem em conta,
guardando em mim, o adormecer do teu orgasmo.


C.A. (Elane Tomich)

Goodbye, my hopeless dream...

Goodbye, my almost lover
Goodbye, my hopeless dream
I'm trying not to think about you
Can't you just let me be?
So long, my luckless romance
My back is turned on you
Should I known you'd bring me heartache?
Almost lovers always do
...

Bem, hoje que estou só e posso ver|

Bem, hoje que estou só e posso ver
Com o poder de ver do coração
Quanto não sou, quanto não posso ser,
Quanto se o for, serei em vão,
Hoje, vou confessar, quero sentir-me
Definitivamente ser ninguém,
E de mim mesma, altiva, demitir-me
Por não ter procedido bem.

Falhei a tudo, mas sem galhardias,
Nada fui, nada ousei e nada fiz,
Nem colhi nas urtigas dos meus dias
A flor de parecer feliz.

Mas fica sempre, porque o pobre é rico
Em qualquer coisa, se procurar bem,
A grande indiferença com que fico.
Escrevo-o para o lembrar bem.


(Fernando Pessoa)