Um convite...


Imagino-me rodeada da frescura da vegetação, com um lago de nenúfares como paisagem serena.
Quero pegar-te pela mão, entrelaçar os meus dedos nos teus e levar-te comigo. Caminhar pelo estreito carreiro que sobe na direcção do recanto bucólico e nos chama para a sua intimidade.
Queres vir comigo?
E, ao rodear a árvore mais alta, de ramos que lançam sombras sobre a beira do lago, encontramos o espaço que parece ter sido talhado para abrigar a nossa paixão. Puxo por ti, sorrindo, sentindo um frémito de prazer numa antecipação ao que desejo – estar entre os teus braços, sentir o teu corpo no meu.
Sentes-me?
Solto a tua mão apenas para tirar as sandálias, na ideia de mergulhar os dedos dos pés na água calma do lago. Não resistes ao veres o meu corpo praticamente desnudo, os boxers que se ajustam às minhas nádegas, as coxas que se oferecem aos teus olhos, numa provocação para que te aproximes do meu corpo.
Vais resistir?
Não quero que me resistas e, olhando-te por cima do ombro, noto o teu sorriso insinuante, que me responde silenciosamente.
E aproximas-te, roçando as pontas dos dedos desde a barriga da perna até ao elástico dos boxers, perdendo-se entre as coxas e acariciando a carne palpitante por cima do tecido que ainda cobre a minha humidade, no mais secreto dos recantos, torneado pela pele que queima de luxúria.
Ergo o corpo e encosto-o ao teu, sentindo a excitação que se apodera de cada poro da tua pele e se revela no volume pronunciado. Rodeias-me com os teus braços e apertas-me contra ti, deslizando as mãos até aos meus seios, que apertas, massajando. Alcanças os mamilos excitados e esfregas a palma da mão neles, já por baixo do tecido do vestido.
Beijas-me?
E viras-me para ti, agarrando o meu rosto entre as tuas mãos, enquanto me beijas, prendendo o meu lábio superior entre os teus, lambendo, deixando pequenas mordidas que me fazem estremecer de prazer.
Afasto-me um pouco de ti e, levando os dedos às alças do vestido, tiro-o até à cintura, desnudando os seios. Solto os cabelos como gostas de os ver e sentir, e estendes um braço para me tocares com os teus dedos longos e morenos. Empurro-o e digo-te que não.
Ainda não…
Levo as mãos à cintura e tiro o vestido, fazendo-o descer pelas pernas, lentamente, até ao chão.
Queres que continue?
Os meus dedos seguram o elástico dos boxers e puxam-nos na direcção dos tornozelos.
Aqui me tens.
Nua, no meio da Natureza.
Queres-me agora?
Então, vem aos meus braços, deixa que te dispa eu e faça uma cama com as nossas roupas, onde depositaremos nossos corpos para nos amarmos em seguida. Quero sentir a tua boca na minha, as tuas mãos a deslizarem pelo meu corpo, as tuas coxas entre as minhas, o teu sexo de encontro ao meu, dentro do meu, investindo em movimentos de paixão alucinada, fazendo com que nos esqueçamos que existe vida para além de nós, das árvores, do lago e dos nenúfares. Seremos um do outro, de corpos suados, peles ardentes, em sintonia perfeita com a Natureza que nos envolve.
Quero levar-te ao meu lago de nenúfares.
Aceitas o convite?


in (Fantasias e Sonhos)

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