É na linha da tua mão que encontro o meu destino!!!




É na linha da tua mão qu’encontro o meu destino
(E nas paredes do quarto - o frescor,
da manhã...)

Dá-me um esgar de sombra
(dos teus olhos)
para que te guarde no desembocar,
dos dias...
Arrancando o breu – das horas
na fímbria, da solidão...

(Uma overdose d’anseios reacende o ciciar,
da vigília...)

Escuta o estremecer da pele – que t’implora,
sentindo o enevoado dedo qu’esboça os contornos, da noite
na lareira, do meu sonho...

(Pairam as mágoas nos lábios,
que te desejam...)

A morte torna-se branca, (contigo...)
incendiando os vestígios inflamáveis,
dos corpos...

(Perdi a nitidez – do mundo
no místico torpor,
da clausura...)

É para lá da estrada que te recordo
(de fogo em fogo, pelos ares...)
rejeitando as aparas que o vento ateou,
em mim...

Cristaliza-se o desejo ao pescoço que silva
(E sua...)

Sou eu que gano a tua ausência
(e lampejo...)
no vaivém das memórias
(que me iça...)

Na linfa:
o teu sabor

Na palma:
as águas proibidas - do teu canto

(E no sangue...)
a vulgar brandura - do rosto
como se o infinito coubesse inteiro,
nas tuas mãos..."


C.A.

1 comentários:

Anónimo disse...

dom.i.na.dor
sen.ti